Artista britânica de inegável talento, Emily Gravett formou-se em ilustração pela Universidade de Brighton, tendo vindo a desenvolver a sua actividade na criação de álbuns ilustrados para a infância, num registo distintivo e claramente inovador. O seu trabalho, ainda relativamente recente, destaca-se pela originalidade e complexidade, sobretudo ao nível da concepção gráfica de cada uma das suas obras, onde o icónico e o escrito se articulam e colaboram para a construção de uma linguagem híbrida, carregada de significados.
Apoiada numa amálgama de técnicas, desde o recurso ao lápis de carvão e à tablet até ao uso da fotografia, do recorte e da colagem (digital e não só) de materiais originais e diversificados, Emily Gravett transgride, sem medos, as regras do convencional. Numa linha que explora a ruptura e a subversão textual e pictórica, os seus livros distinguem-se, entre outras características, ao nível do seu tratamento narrativo, pela descontinuidade discursiva e pelos saltos em diferentes níveis diegéticos e, ao nível da sua organização plástica e visual, por uma especial pormenorização, pela variação nas composições das páginas ou pela irregularidade e variabilidade tipográfica. Jogando com técnicas próximas da inter/metadiscursividade, os álbuns de Emily Gravett não só suscitam inúmeras interpretações, como causam um enorme impacto visual no leitor (infantil e não só), em resultado da sua frequente tridimensionalidade e dos mais variados jogos visuais que as suas páginas potenciam.
Desde 2005, em que publicou a sua primeira obra intitulada Wolves, pela qual foi premiada com a Kate Greenaway Medal, Emily Gravett tem granjeado um enorme sucesso, sendo objecto de diversas distinções(1) e fazendo a delícia de leitores de todo o mundo e de todas as idades!
(1) Entre outros prémios ainda, a artista venceu, em 2007, o Best Emerging Illustrator Award, no Early Years Booktrust Awards, com o álbum Monkey and me e recebeu a medalha de bronze da Nestlé Children's Book Prize para o título Little mouse’s big book of fears, pelo qual foi novamente agraciada, no ano seguinte, com a Kate Greenaway Medal.
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