quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

À volta do álbum de Jorge Luján...

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Mi cuerpo y yo, com originais ilustrações de Isol, constitui, como o próprio título indica, uma reflexão em torno do binómio Corpo/Alma, em que se exploram conceitos fundamentais ao desenvolvimento saudável e equilibrado da criança, como a consciência do "EU", a descoberta de si próprio e do outro, e a imagem corporal.

Jorge Luján/Isol (2005), Mi cuerpo y yo. Madrid: Kókinos.
ISBN: 978-84-88342-78-2




Diversas vezes premiado, este belíssimo volume, claramente inscrito na tipologia do álbum ilustrado, reúne um conjunto de 11 poemas breves (maioritariamente escritos em quadras), construídos à volta das cores e do lugar que ocupam na Natureza, perspectivando, a partir de relações inusitadas e até nonsensicais, a sua redimensionação para o universo infantil. a

Jorge Luján/Piet Grobler (2007), ¡Oh, los colores!. D. F., México: Ediciones SM.
ISBN: 978-970-688-775-7

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Espaço Escritor: Jorge Luján

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Jorge Luján nasceu em Córdoba, na Argentina, onde se formou em arquitectura pela Universidade dessa mesma cidade. A par desta formação, JL concluiu, ainda, dois anos de Composição Musical e dois outros de Cinematografia. Com o golpe militar de 1976, JL viu-se, entretanto, forçado a interromper os seus estudos, mudando-se para a Cidade do México, onde se licenciou em Língua e Literatura Hispânica pela UNAM e onde reside doravante.
A sua actividade artística reparte-se pela música (autor, compositor e cenórafo, definido como um verdadeiro "homem-orquestra") e pela escrita, dinamizando regularmente oficinas de escrita criativa e leccionando em cursos de mestrado nesse mesmo domínio. As suas publicações incluem tanto a poesia como a prosa, espelhando, todas elas, o talento e a qualidade dos seus ilustradores.
Contando, já, com mais de 20 obras publicadas no domínio da literatura de potencial recepção infanto-juvenil (inserindo-se grande parte na tipologia do álbum narrativo), a sua criação literária tem sido diversas vezes premiada, ao nível nacional e internacional. Entre outras distinções, JL recebeu, ao lado de Mandana Sadat, o "Premio al Arte Editorial 2005", para o seu livro Tarde de invierno, concedido pela Cámara de la Industria Editorial Mexicana, bem como o "Premio de Poesía para Niños 1995", concedido pela ALIJA (Asociación de Literatura Infantil y Juvenil Argentina).
Carina Rodrigues

Entre, por AQUI, no site do escritor e deslumbre-se com as suas maravilhosas criações.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

2nd CJ Picture Book Award para a As duas estradas

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As duas estradas, com texto de Isabel Minhós Martins e ilustrações de Bernardo Carvalho, foi um dos cinco vencedores do 2nd CJ Picture Book Award for New Publications, na Coreia.
Com isto, e atendendo a preocupações culturais e sociais candentes, a Fundação Cultural Coreana (CJ Culture Foundation) perspectiva, ainda, a compra de um grande número de exemplares dos livros premiados, visando a sua distribuição por organizações internacionais de apoio a crianças desfavorecidas.


Recorde-se que o Planeta Tangerina aposta na edição de álbuns ilustrados, em que, como os próprios responsáveis indicam, "cada livro é cuidadosamente pensado: da ideia ao texto, das ilustrações ao design ou à escolha do papel, todos os elementos se conjugam pela qualidade do todo final", afigurando-se como uma das casas editoriais seguramente mais prestigiadas dos últimos anos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Ler para Crescer com Livros

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No seguimento da parceria estabelecida entre a Biblioteca Municipal de Ílhavo e a Casa da Leitura, no âmbito do projecto "Ler para Crescer", com o objectivo de promover e fomentar o gosto pelo livro e pela leitura junto dos mais novos, aquele centro de documentação abre as suas portas nos próximos dias 4 e 5 de Dezembro para uma acção de formação dirigida a mediadores de leitura (educadores, professores, bibliotecários, entre outros).
O programa conta, no primeiro dia, com a participação de Sara Reis da Silva para uma abordagem à literatura para a infância, e, no dia seguinte, com Ana Margarida Ramos para uma análise da ilustração no livro infantil, seguida de Fernanda Leopoldina Viana, com uma dissertação sobre o desenvolvimento da literacia emergente.

As inscrições mantêm-se abertas até ao próximo dia 02/12/2009.

Para mais informações, aceda AQUI ao programa da formação.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Prémio Internacional Compostela do Álbum Ilustrado 2009

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Dotado de uma elevada riqueza estética e literária, Um Grande Sonho foi a obra vencedora da segunda edição do Prémio Internacional Compostela para Álbuns Ilustrados (2009), com que Felipe Ugalde granjeou a sua recente publicação na Kalandraka. Este maravilhoso volume partilha a aspiração maior de um jovem crocodilo que sonhava em crescer e ser tão grande «que não passasse despercebido». Sinergicamente combinados, texto e ilustração encetam aqui uma espécie de jogo metafórico para narrarem, num crescendo, o desenvolvimento do pequeno réptil, cujas pretensões o transportam para uma dimensão cósmica e onírica, onde o seu sonho se vê finalmente realizado. A componente verbal, claramente dominada pela visual, pauta-se pela simplicidade lexical e sintáctica, assim como pela variação tipográfica – a estimular o olhar atento do leitor –, e alia-se às maravilhosas e profusas ilustrações que preenchem as duplas páginas deste álbum, testemunhando o poder contagiante da imagem, pela luminosidade policromática resultante de um claro domínio técnico do acrílico. Em articulação com a particular decoração da capa, atente-se, ainda, num conjunto de estrelas fluorescentes autocolantes que o livro integra no seu final como acessório lúdico e convidativo ao reconto da história.

Carina Rodrigues
(in Casa da Leitura)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Onde vivem os monstros


Não chegou o filme mas...


Acaba de ser editada, na Kalandraka, a versão portuguesa do
best seller.

Espreite algumas das suas páginas AQUI

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Where wild things are em estreia nos cinemas americanos

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A adaptação cinematográfica do célebre clássico de Maurice Sendak - Where wild things are -, publicado pela primeira vez na sua versão original em 1963, chegou, finalmente, às telas norte-americanas no passado dia 16 de Outubro. Recorde-se que este filme tem por base narrativa o realismo fantástico de Max, um menino que cria, dentro do seu quarto, um mundo paralelo onde ele é rei e os monstros são os seus amigos. A versão lusófona estreia no Brasil no dia 1 de Janeiro de 2010.
Até chegar às nossas salas de cinema, visite o site oficial do filme e entre no universo maravilhoso de Max e dos monstros mais ternos e divertidos do panorama literário para a infância.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

I Encontro Internacional de Literacia Familiar

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O "I Encontro Internacional de Literacia Familiar - Implicações da Família no Sucesso Escolar" terá lugar nos dias 13 e 14 de Novembro de 2009, na Escola Superior de Educação de Coimbra. Contará com a presença de vários investigadores portugueses e estrangeiros, de entre os quais se destacam Ana Teberosky, Michael F. DiPaola e Pierre Dominicé.


Obtenha mais informações AQUI

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Alice Vieira nomeada para o prémio internacional Astrid Lindgren

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A escritora que, há 30 anos atrás, se anunciara uma das criadoras de maior relevo no panorama editorial de literatura para a infância e a juventude com a sua premiada obra de estreia Rosa, Minha Irmã Rosa é hoje nomeda para aquele que é seguramente um dos mais importantes prémios internacionais de literatura infanto-juvenil, o Astrid Lindgren Memorial Award (ALMA), atribuído pelo Conselho Nacional de Cultura sueco.
Objecto de várias distinções ao nível nacional e internacional, Alice Vieira é autora de uma grande obra, tanto em qualidade como em números de obras publicadas, contando já com mais de meia centena de títulos, repartidos por géneros distintos.
Carina Rodrigues

domingo, 11 de outubro de 2009

15º Encontros Luso-Galaico-Franceses do Livro Infantil e Juvenil

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Nos próximos dias 13 e 14 de Novembro realizam-se, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett no Porto, os 15ºs Encontros Luso-Galaico-Franceses do Livro Infantil e Juvenil, este ano dedicados ao tema:
"
Maré de Livros"

Veja o programa do evento AQUI

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Álbum ilustrado ou Picture story book : Breve reflexão teórica


Com os progressos técnicos das artes gráficas, o álbum moderno surge nos alvores dos anos 60/70 do século XX, em alguns países de Europa – como foi o caso do Reino-Unido, da Alemanha ou ainda da França – e nos Estados-Unidos, com a afirmação de nomes que ainda hoje são referências e dos quais se destacam Maurice Sendak, Mercer Mayer ou Leo Lionni. Em Portugal, esta é uma área ainda muito pouco explorada e, por isso, o número dos seus autores não é muito significativo. Ainda assim, os primeiros álbuns do panorama editorial nacional surgem nos finais dos anos oitenta e no princípio da década de noventa, destacando-se, de entre os que se dedicaram exclusivamente à sua escrita, e outros que tomaram, já, o duplo papel de autores/ilustradores, a produção de figuras como Leonor Praça (anos 70), Maria Keil, Cristina Malaquias, Manuela Bacelar e, mais recentemente, Marta Torrão ou Alain Corbel.

A eclosão deste género tem levantado uma série de controvérsias e de hesitações relativamente à clarificação e fixação do conceito, mas sobretudo face à definição de critérios para a sua classificação, residindo a sua principal especificidade na relação intersemiótica estabelecida entre as duas componentes verbal e pictórica que o enformam e que, numa relação articulada e complementar, produzem, em conjunto, significação.
Preferencialmente destinado ao público mais novo – crianças entre os 2 e os 7/8 anos –, o álbum define-se pela capa dura, pelo seu formato de grandes dimensões ou diferentes, pelo seu papel de qualidade superior e de elevada gramagem, pelo reduzido número de páginas e pelo texto condensado (ou inexistente) com uma tipografia de tamanho superior e variável, pela abundância de ilustrações frequentemente impressas em policromia e, na maioria das vezes, de página inteira ou dupla página, e, ainda, pela qualidade e pelo cuidado com o design gráfico.

Na verdade, o que distingue o álbum de outros géneros literários está intimamente relacionado com o tratamento narrativo que induz. Enquanto, tradicionalmente, o texto e a ilustração se moviam em planos paralelos, sendo que respectivamente um contava a história e o outro a ilustrava, hoje assistimos a uma fusão dessas duas formas de linguagem, de tal forma que os dois elementos servem para construir a história e complementar, em conjunto, a informação veiculada.

Nestas publicações, as imagens ocupam quase a totalidade das páginas, de tal forma que entre elas se constrói uma relação de continuidade. À medida que foi conhecendo uma evolução, a ilustração foi aparecendo cada vez mais cuidada, destacando-se a importância de componentes ilustrativas e de índole paratextual como a capa e a contracapa, e do jogo estabelecido entre elas, da composição das páginas e da sua articulação, e da decoração das guardas dos livros; o recurso a diversas técnicas, desde o recorte, a colagem, o uso de materiais originais e diversificados, com recurso à textura e ao relevo, a pintura, ao uso da fotografia; a abundância da cor e o seu significado; e a variabilidade tipográfica, podendo o texto chegar a incorporar a componente plástica.

O álbum moderno revela-se, pois, um verdadeiro objecto artístico, cuidadosamente elaborado, que conjuga ilustração, texto, design e edição numa unidade estética e de sentido.

Carina Rodrigues

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Lire l'album, de Sophie Van der Linden

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Dirigido a todos aqueles que desejam ampliar os seus conhecimentos acerca do álbum narrativo para a infância e compreender melhor o seu funcionamento, as edições L’atelier du Poisson Soluble disponibilizam uma ampla e rigorosa reflexão teórica da autoria de Sophie Van der Linden. Partindo de uma abordagem conceptual e evolutiva do género, Lire l’album apoia-se em importantes exemplos ilustrativos, possibilitando, como o próprio título indicia, um aprofundamento da leitura particular que, nele, ambas narrativas, verbal e visual, promovem. Numa análise das suas especificidades, a autora debruça-se sobre questões ligadas à materialidade do livro, à composição das páginas e à sua articulação. Alvo de um tratamento particular e mais complexo, a intersemiose imagem-texto é analisada atendendo aos aspectos formais e narrativos deste tipo de publicação, bem como à expressividade temporal e espacial que eles imprimem, propondo, no final, a leitura crítica de três álbuns. Esta afigura-se como uma das referências certamente mais pertinentes e imprescindíveis ao estudo do álbum e útil a todos os que se interessem pela literatura de potencial recepção infantil.

Carina Rodrigues
(in Casa da Leitura)

Entre
e percorra muitas das suas belíssimas páginas...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Farol de Sonhos: Encontro sobre o Livro e o Imaginário Infantil




Entre no Farol de Sonhos e descubra, num programa fascinante, os nomes de um conjunto de prestigiados criadores e especialistas na área da ilustração e do livro para crianças.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Congreso Internacional Lectura 2009




De 26 e 31 de Outubro, na cidade de Havana, em Cuba.
Toda a informação sobre o congresso pode ser consultada AQUI

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O incrível rapaz que comia livros, de Oliver Jeffers


Esta original publicação, editada pela primeira vez em 2006, e premiada pelo Irish Book Award para o Melhor Livro Infantil do ano de 2007, narra a história divertida de Henrique, um curioso rapaz que, imbuído de uma fome insaciável, devora, literal e compulsivamente, uma infinidade de livros, sob efeito de o tornarem mais esperto. Mas a sua gula e o desejo ávido de se transformar rapidamente num pequeno génio cedo o avisam dos malefícios deste hábito tão inusitado e peculiar, que acaba por ter repercussões desagradáveis – e até “indigestas” – na saúde do pequeno “roedor” de livros. Nesta obra criativa, inequivocamente inscrita na tipologia do álbum narrativo, as palavras e imagens de Oliver Jeffers abraçam-se e testemunham uma relação sinérgica e coesa. A componente verbal assenta na sobriedade lexical e sintáctica, assim como na descontinuidade discursiva, e alia-se à expressividade de um conjunto de ilustrações profusas e extremamente coloridas, compostas a partir de uma técnica mista. Na verdade, é a própria concepção gráfica, a composição e textura das páginas, a irregularidade e variabilidade tipográfica e o especial cuidado com a pormenorização, que sublinha o carácter original e humorístico da publicação, a que Henrique não perdoou uma última dentada…

Carina Rodrigues

O I Colóquio Ibérico de Literatura Infantil e Interculturalidade/III Simposium da Red de Universidades Lectoras




Tem lugar nos dias 16 e 17 de Novembro, na ESE de Castelo Branco
Mais informações AQUI